Síria

Governo dos EUA debate hipótese de realizar ações militares contra exército sírio

05/10/2016

Ataques militares contra posições do exército sírio estão entre as opções que discutem nesta quarta-feira (5) membros da equipe de Segurança Nacional e do gabinete encabeçado pelo presidente Barack Obama, adiantou o jornal The Washington Post.

As ‘iniciativas’ dos estrategistas estadunidenses incluem a destruição de pistas de aterrissagem da força aérea da Síria, com o emprego de mísseis de cruzeiro e outras armas de longo alcance, lançadas desde instalações fora do território sírio. Os norte-americanos também avaliarão aumentar o abastecimento de armamentos de melhor qualidade e poder de fogo para alguns grupos extremistas armados, que os Estados Unidos qualificam ironicamente como ‘grupos de oposição moderada’.

Segundo o Washington Post, há poucas possibilidades de que Obama aprove estas propostas, pois o mandatário não estaria disposto a comprometer a força militar dos Estados Unidos dentro da Síria diante de possíveis riscos ou consequências negativas.

Também está prevista para a próxima sexta-feira (7) uma reunião do Conselho Nacional de Segurança, que poderia incluir o presidente Obama entre seus assistentes.

Na quarta-feira passada durante uma reunião do Comitê de Deputados na Casa Branca, funcionários do Departamento de Estado, da Agência Central de Inteligencia (CIA) e do Estado Maior Conjunto das forças armadas discutiram sobre possíveis ataques militares contra as forças do governo de Bashar al-Assad, em represália à ofensiva desencadeada contra os grupos terroristas que operam na província síria de Alepo.

Na opinião de alguns dos participantes neste encontro, estas medidas militares ‘aumentariam a pressão sobre o governo de Assad e o obrigariam a retornar à mesa de negociações’.

O Departamento de Estado anunciou na última segunda-feira que suspendia todos os canais de comunicação com a Rússia, relacionados com o falido acordo de cessar-fogo alcançado no mês passado.

O coordenador do Conselho Nacional de Segurança para o Oriente Médio, Rob Malley, e o enviado especial do presidente Obama ante a coalizão internacional para a luta contra o chamado Estado Islâmico (Daesh, na sigla em árabe), Brett McGurk, aseguraram que estão contra qualquer escalada militar contra as autoridades de Damasco.

Prensa Latina

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