Revolução Bolivariana

Milícia Nacional Bolivariana compõe união cívico-militar na Venezuela

26/02/2019

Nas manifestações populares realizadas nos últimos dias na Venezuela em apoio ao presidente Nicolás Maduro correram o mundo as imagens da presença de um contingente cívico-militar oficialmente denominado Milícia Nacional Bolivariana. Os batalhões, organizados e sob comando militar, e sob a regência das leis, como parte integrante das Forças Armadas do país, também foram mobilizados para ajudar o exército venezuelano a dispersar a tentativa dos Estados Unidos de forçar de maneira ilegal a entrada da “ajuda humanitária” no último sábado. Artigo da Agência Venezuelana de Notícias esplica o que são as Milícias Nacionais Bolivarianas.

A ideia do protagonismo na união cívico-militar na Venezuela tem suas origens ligadas à primeira ação do chavismo, em 4 de fevereiro de 1992, quando Hugo Chávez liderou um levante cívico-militar, prelúdio do que viria a ser designado anos depois como revolução bolivariana.

A Milícia Nacional Bolivariana nasceu em 2008, por decreto presidencial e de acordo com a Lei Orgânica das Forças Armadas.

“É preciso acabar com o velho modelo dos batalhões de reserva. A Milícia deve ser o povo em armas e isso é uma missão absolutamente revolucionaria”, disse em 2009 o então presidente Hugo Chávez sobre o corpo miliciano.

Os jovens, os estudantes, os professores, os pescadores, as comunidades indígenas, o povo representado em todos os recantos do país começou a organizar-se nesse corpo armado, desenvolvendo atividade também nos processos de desenvolvimento econômico, produtivo e social do país.

De acordo com a lei, este componente tem a finalidade de estabelecer vínculos permanentes entre a Força Armada Nacional Bolivariana e o povo venezuelano.

O texto legal detalha que o corpo militar deve contribuir com o Comando Estratégico Operacional na elaboração e execução dos planos de defesa integral da nação e mobilização nacional, além de participar e contribuir no desenvolvimento da tecnologia e indústria militar, sem limitações além das previstas na Constituição da República.

Outra de suas competências é processar e difundir informação, consolidando-se em conselhos comunitários, instituições do setor público e privado, para a elaboração de planos, programas e projetos de desenvolvimento integral da nação, sendo este corpo composto por milhares de pessoas com o acompanhamento do governo na construção de novos modelos de gestão popular.

Desde seu surgimento, esse corpo cívico-militar agrupou mais de 1,6 milhão de milicianos, afirmou em dezembro último o Comandante em Chefe da Força Armada Nacional Bolivariana, o presidente da República Nicolás Maduro, que em discurso perante os comandos militares no mesmo dia da sua posse em 10 de janeiro último anunciou o aumento do contingente para dois milhões.

Resistência, com AVN

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